sábado, 6 de fevereiro de 2010

ENTREVISTA: BASILINA PEREIRA





Basilina Pereira
foi a vencedora do PRIMEIRO FESTIVAL DE PRIMAVERA NO CAFÉ DAS LETRAS, realizado em setembro de 2009.
Abaixo, você conhece um pouco mais da escritora.







Quem é Basilina Pereira?

É uma virginiana muito exigente, mas “negociável”. Gosto de resolver as coisas conversando. Sou professora aposentada, advogada, poeta e escritora, (já me considero como tal) divorciada, tenho 3 filhas e 3 netos, que estão em primeiro lugar na minha vida. Depois vêm os amigos a poesia, as orquídeas, minha casa, etc....


Quando e como começou a carreira de escritora?

No segundo semestre de 2006, quando me aposentei do Magistério. Sempre gostei de escrever, mas usava esta habilidade no trabalho.


Quais foram suas influências no início? E hoje, quem te influencia?

Sempre gostei muito de ler e acho que muita gente me influenciou, eu não saberia dizer quem me influenciou mais, porque não é um processo consciente, acho até que ele oscila, dependendo do que a gente está lendo no momento. No momento, tento me adaptar às tendências mais modernas, pois tenho uma queda quase irremediável para os versos rimados.


Como você vê a literatura na internet?

Acho que a internet é um milagre da tecnologia e é um espaço democrático que abriga a todos. Há muitos bons poetas e escritores que estão aproveitando e divulgando seus trabalhos na internet e também outros que, ainda, não podem ser assim considerados, mas aqui é o espaço que deve ser usufruído por todos, por seu alcance e rapidez, o que muito nos beneficia.


Qual o tema mais abordado em seus trabalhos?

Acho que os sentimentos, os mais variados possíveis. Procuro escrever sobre o que estou sentindo no momento, também sobre o que observo, sobre o que leio e, vez ou outra, alguma ideia inusitada baixa em mim e escrevo sobre ela também.


O que está lendo no momento?

Estou lendo os poetas portugueses contemporâneos, porque me disseram que o meu estilo se parece com o deles, o que é uma grande coincidência, porque eu, sinceramente, não os conhecia até então. São eles: Manuel Alegre, Gastão Cruz, Maria Teresa Horta, Rui Pires Cabral, Vasco Gato e Maria do Rosário Pedreira.


Uma leitura que você recomenda.

Todos os clássicos. Depois os modernos e depois os atuais, na medida do possível. Eu tenho minhas preferências, é claro, (Clarice Lispector, Machado de Assis e Drummond), mas todos são bons e nos acrescentam alguma coisa, com certeza.


Tem trabalhos publicados? Quais são eles?

Sim, já participei de várias antologias (umas 10) e em 2009 publiquei meu primeiro livro solo: QUASE POESIA, pela LGE editora, que já está na segunda edição (a primeira esgotou e 3 meses) e meus segundo livro: JANELAS já está na editora (LGE editora) e deve sair no próximo mês (fevereiro).


Fale sobre o seu processo de criação, como ele acontece.

Eu me alimento (intelectualmente) do que leio. E dessas leituras vão surgindo as ideias, as lembranças, às vezes é engraçado: uma palavra ou um fato qualquer, desencadeia uma série de outros pensamentos que vão se juntando até eu sentir que é hora de colocar no papel aquilo está me cutucando e só vai parar quando eu escrever. Aí escrevo. Deixo ali até o dia seguinte, quando volto e dou uma olhada final. Quase sempre mudo pouca coisa, mas pertenço à corrente que acredita que nenhuma obra de arte sobrevive sem o conhecimento da técnica.


Quais seus projetos para o futuro?

Continuar escrevendo e publicando meus livros e também usando e abusando da internet, que é algo indispensável para o escritor/poeta.


Um sonho

Que meus netos um dia sintam orgulho de mim pela pessoa positiva e construtiva que eu tenha sido.


Uma realização alcançada

Tenho muitas: minha família que eu construí com êxito, meus netos que estou vendo crescer, o respeito de que desfruto como profissional, pessoa, mãe, amiga leal.... meu livro publicado, o reconhecimento das pessoas que me lêem, as mensagens de carinho que recebo todos os dias pela internet ,etc...


Um arrependimento

Nenhum: até porque não adianta se arrepender, se não puder consertar o objeto do arrependimento. Acho que fiz o melhor que pude, dentro das condições de que eu dispunha no momento. Poderia ter sido melhor? Provavelmente, mas sou humana e, como tal, portadora de defeitos e fragilidades.


Você acha que o escritor é valorizado no Brasil? Por que?

Acho que o escritor, em todo o mundo, tem que tirar leite de pedra. No Brasil então...onde pouca gente cultiva o hábito da leitura, pelas características de país em desenvolvimento, escolas sucateadas professores desmotivados, a situação é pior ainda, mas cabe a nós fazer a nossa parte e um bom começo é usar a internet para levar o nosso recado até onde ele puder chegar.


Atualmente, quais os entraves para a publicação de um trabalho literário?

Acho que começa pela falta de patrocínio. As editoras encampam aquilo que tem retorno financeiro garantido. Logo, para o escritor ou poeta iniciante, a dificuldade é maior ainda, porque nem todos têm condições de arcar com os custos da edição. Mas já tem gente indo à luta, editando e saindo à rua para vender seus próprios livros. Acho que temos que abrir caminho, seja lá como for.


Considera seu trabalho pronto, ou ainda falta alguma coisa? O que?

Claro que não. Lembra da virginiana exigente? Pois é, sou exigente comigo também. Sinto que estou melhorando, amadurecendo poeticamente, pois cada livro eu acho melhor que o anterior, mas sou daquelas que vou procurar aprimorar sempre. A todo tempo, vou achar que ainda posso melhorar. O que falta? O próximo passo.


Para você, qual a importância de ter participado do nosso festival, e sobre tudo, ter vencido?

Gostei muito de ter participado deste certame e adoro esta Comunidade por sua seriedade e pelo cuidado que sua dona e moderação têm com tudo que ali acontece. O fato de ter vencido muito me honra, porque conheço os demais participantes e são poetas de excelente qualidade, a quem admiro e respeito.


Se te fosse dada a tarefa de escrever um livro, que seria distribuído em todas as escolas e universidades do mundo, para todos os alunos, com a intenção de ensinar às crianças e aos jovens o caminho da felicidade, que tema você escolheria? Qual seria a mensagem central do seu livro?

Com certeza seria o respeito às diversidades e como conviver com elas.

Basilina Divina Pereira



Agradeço à escritora pela delicadeza em nos proporcionar conhecer um pouco mais de si e de seu trabalho. Um grande abraço, e sucesso!

Monica San
Organizadora do blog Café das letras




8 comentários:

Marô disse...

Parabéns Basilina. Parabéns Monica e todo pessoal do Café.

Abração

Basilina disse...

Agradecida Marô,pelo cometário, grata também,Moniquinha,pela oportunidade e a todos os amigos que me leem e me incentivam no dia-a-dia poético. Abraços.

Unknown disse...

ólá basilina, fico feliz com o seu sucesso, seu talento tem que expor mesmo. adoro o que vc escreve, da forma serena, deslancham em versosas palarvas.
parabens.
muito sucesso.

bjs

leek steffens

Basilina disse...

Muito grata Marô e Leek pel carinho e incentivo. Grande abraço.

POETA CIGANO disse...

Dei uma passadinha aqui para conhecer um pouco mais de minha amiga Basilina, nessa entrevista!
Adorei as suas respostas e, agora mais do que nunca, sinto-me um felizardo em tê-la como amiga. Meus parabéns!
Poeta Cigano!!!!!!!
carlosrimolo.blogspot.com

Unknown disse...

Parabéns querida Basilina!
Você é maravilhosa no virtual e melhor ainda no real... te amo!
Beijos!

Telma Moreira disse...

Parabéns, querida!

Conhecendo um pouquinho melhor você, suas idéias... já que o talento é explícito!

Beijos todos!

Basilina disse...

Meus agradecimentos sinceros aos amigos que deixaram aqui seus comentários. Eles são muito importante para mim. Valeu mesmo.

Feliz novo ano!

Feliz novo ano!

Nossa mensagem de Natal

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