sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Encouraçado




















Eis-me aqui,
Toma-me pela mão e leva-me.
Porque o amor é forte como a morte
E eu já não tenho ímpetos de resistir.

Tens-me aqui,
De joelhos deponho as armas,
Espada, escudo, lança, elmo e couraça.
Desato até as sandálias,
Porque o caminho do amor é imaculado.

Eu, que nos meus desvarios,
Sonhei poder resistir,
E supus que a armadura de que me servi,
Esconderia, protegeria o que há de mais frágil em mim.

No entanto, o encouraçado do meu coração,
Não estava pronto para as estranhas armas do amor.
Que não são lanças, espadas, setas, clavas, catapultas,
São olhares, gestos, cheiros, sussurros,
Mãos entrelaçadas, silêncios, lugares, música.

São armas imateriais,
Em intensa radiação perpetrante.
Ultrapassando matéria,
Fendendo intentos,
Deslocando sonhos.


Helbert

5 comentários:

BLOG DO ZÉ ROBERTO disse...

A poesia do Helbert é linda e a imagem casou muito bem com ela. Sendibilidade de ambas as partes, de quem escreveu e de quem escolheu a imagem. Gostei muito. Este blog está cada dia mais lindo. Abraços Helbert, grande poesia!

Marô disse...

Muito linda meu amigo...Gostei muito!!!

Helenice Priedols disse...

sou fã dessa poesia sua, adoro essas imagens medievais, dramáticas, que você usou. Parabéns!

Maris Figueiredo disse...

Voltei aqui para ler e recordar...
Nossa, é lindo demais o que escreveu!
beijos

Unknown disse...

Uhuulll!!
Lindissímah!
Parabêns meu caruh amiguh poetah!

Feliz novo ano!

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Nossa mensagem de Natal

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