sábado, 4 de outubro de 2008

Cerrado


Eis que o amor não chega
Tal qual água
Em plena seca

Solo ácido
Aves voando tão baixo
Feito os sonhos
Dos homens

Os pés
Não percorrem a
Imensa vereda

Desistiram de caminhar

Nos lábios
É o sabor agreste
Que me acompanha


O cerrado
Do meu coração
Em galhos
Retorce a vida
Contra a minha
Natureza


As lágrimas
Que jorram dos olhos
É pouca...

Endureceu-me
A terra
Acostumei
viver
Distante

Rusticamente
Guardada
Em minhas cascas espessas

ɱαгЇS




4 comentários:

Moniquinha disse...

Amo esse poema amiga...é lindo, melancólico, denso...mas lindo.
Estou sentindo sua falta no Café, falta dos teus poemas por lá.
beijooooo!!!

Malu disse...

Forte, denso, cheio de imagens perfeitas, comparativas, inteiras. Lindo demais!
Bjins.

Marô disse...

Maris:sempre presente...belo poema!!!

Parabéns!!!

Unknown disse...

Intenso e lindo o seu poema Maris!
Parabéns!

Feliz novo ano!

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