Eis-me aqui,
Toma-me pela mão e leva-me.
Porque o amor é forte como a morte
E eu já não tenho ímpetos de resistir.
Tens-me aqui,
De joelhos deponho as armas,
Espada, escudo, lança, elmo e couraça.
Desato até as sandálias,
Porque o caminho do amor é imaculado.
Eu, que nos meus desvarios,
Sonhei poder resistir,
E supus que a armadura de que me servi,
Esconderia, protegeria o que há de mais frágil em mim.
No entanto, o encouraçado do meu coração,
Não estava pronto para as estranhas armas do amor.
Que não são lanças, espadas, setas, clavas, catapultas,
São olhares, gestos, cheiros, sussurros,
Mãos entrelaçadas, silêncios, lugares, música.
São armas imateriais,
Em intensa radiação perpetrante.
Ultrapassando matéria,
Fendendo intentos,
Deslocando sonhos.
Helbert
5 comentários:
A poesia do Helbert é linda e a imagem casou muito bem com ela. Sendibilidade de ambas as partes, de quem escreveu e de quem escolheu a imagem. Gostei muito. Este blog está cada dia mais lindo. Abraços Helbert, grande poesia!
Muito linda meu amigo...Gostei muito!!!
sou fã dessa poesia sua, adoro essas imagens medievais, dramáticas, que você usou. Parabéns!
Voltei aqui para ler e recordar...
Nossa, é lindo demais o que escreveu!
beijos
Uhuulll!!
Lindissímah!
Parabêns meu caruh amiguh poetah!
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