Desfolhamento
Foto: Rodrigo Moraes
As horas que se passam sem Teus olhos
vidrados em meus passos me desfolho.
Todo sentido é vão – tudo é um perfeito
nada que destrói tanto quanto o peito
orgulhoso do estúpido ou a mente
de um tolo que em si guarda o indiferente.
Ah, quanto tempo passará até
que enfim Tua face seja como a fé
que embaraça o caminho do gênio,
ou como a pá que varre a dor do ingênuo...
James de Lima
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Oração do poeta
Foto: Dave Hamster
Senhor da prosa e do verso,
que este poeta disperso,
possa percorrer o mundo
do céu aos vales profundos,
levando pra toda gente
seu canto vivo e ardente
impregnado de carinho
feito arremate de ninho.
Que sua palavra vibrante
vá além de um só instante
do impacto emocional,
pois ela existe, afinal,
pra bordar o dom da vida,
amenizar as feridas,
com sua mensagem de fogo
lembrar que as regras do jogo
são simples questão de escolha;
é o vento esperando a folha.
Senhor do rima (im)perfeita,
eu sei bem: não há receita
mas acolhe em mansidão
esta súplice oração
que eu possa inverter as cores
encher a alma de amores
lavrar o solo infecundo
levar esperança ao mundo
vasculhar o chão dormente
só pra adubar a semente
e espalhar na ventania
todo o encanto da poesia.
Basilina Pereira
Senhor da prosa e do verso,
que este poeta disperso,
possa percorrer o mundo
do céu aos vales profundos,
levando pra toda gente
seu canto vivo e ardente
impregnado de carinho
feito arremate de ninho.
Que sua palavra vibrante
vá além de um só instante
do impacto emocional,
pois ela existe, afinal,
pra bordar o dom da vida,
amenizar as feridas,
com sua mensagem de fogo
lembrar que as regras do jogo
são simples questão de escolha;
é o vento esperando a folha.
Senhor do rima (im)perfeita,
eu sei bem: não há receita
mas acolhe em mansidão
esta súplice oração
que eu possa inverter as cores
encher a alma de amores
lavrar o solo infecundo
levar esperança ao mundo
vasculhar o chão dormente
só pra adubar a semente
e espalhar na ventania
todo o encanto da poesia.
Basilina Pereira
sábado, 4 de outubro de 2008
Cerrado
Eis que o amor não chega
Tal qual água
Em plena seca
Solo ácido
Aves voando tão baixo
Feito os sonhos
Dos homens
Os pés
Não percorrem a
Imensa vereda
Desistiram de caminhar
Nos lábios
É o sabor agreste
Que me acompanha
O cerrado
Do meu coração
Em galhos
Retorce a vida
Contra a minha
Natureza
As lágrimas
Que jorram dos olhos
É pouca...
Endureceu-me
A terra
Acostumei
viver
Distante
Rusticamente
Guardada
Em minhas cascas espessas
ɱαгЇS
Eis que o amor não chega
Tal qual água
Em plena seca
Solo ácido
Aves voando tão baixo
Feito os sonhos
Dos homens
Os pés
Não percorrem a
Imensa vereda
Desistiram de caminhar
Nos lábios
É o sabor agreste
Que me acompanha
O cerrado
Do meu coração
Em galhos
Retorce a vida
Contra a minha
Natureza
As lágrimas
Que jorram dos olhos
É pouca...
Endureceu-me
A terra
Acostumei
viver
Distante
Rusticamente
Guardada
Em minhas cascas espessas
ɱαгЇS
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