nos dias da eterna alegria
das janelas coloridas e das luzes acesas
risos infantis ecoavam pelos cômodos
os beijos roubados na sacada
e os suspiros de amor recendendo a jasmim
eram fragmentos de vida
escondidos pelos cantos
ou passeando pelo jardim
o perfume dos doces e da sidra
espalhava-se pelo quintal
assanhando passarinhos e crianças
comemoravam-se chegadas
choravam-se partidas
partilhavam-se sonhos
cultuavam-se segredos
as portas eram sempre abertas
e o amor morava ali
a casa como um cofre
guarda em si enorme tesouro
tudo o que mais amavas
(e nem sabias que era tanto)
ali repousa sob a poeira do tempo
se não mais habitas a casa
que então o cinza não faça em ti morada
e porque acreditaste que a alegria era eterna
e porque a memória nos beija a face
não assopres o pó nem abras as janelas
deixa as folhas cobrirem o jardim
deixa intactos os sonhos e as promessas
deixa a vida nas fotografias
e nos bilhetes de amor amarelados
lava nas lágrimas tua saudade
e colhe na flor do passado
o perfume e o mel dos teus caminhos de futuro
Helenice Priedols
segunda-feira, 25 de abril de 2011
1º Ato
Desato o nó
E o laço.
E largo-me em teus braços
Sôfrega
Frágil
Trêmula.
No ato,
Meu fogo arde em teu peito
Feito de pelos e poeira.
Limpo
Úmido
E quente.
No ato,
Grito
Ardente
E sinto a tua mão
Na curva suave,
Exposta,
De minha carne.
Neste ato
Longe estão os laços de afeto
E ficam os desejos
Os pecados
Desafogados na margem da dor
De amar
Impunemente!
Margarida Rosas
E o laço.
E largo-me em teus braços
Sôfrega
Frágil
Trêmula.
No ato,
Meu fogo arde em teu peito
Feito de pelos e poeira.
Limpo
Úmido
E quente.
No ato,
Grito
Ardente
E sinto a tua mão
Na curva suave,
Exposta,
De minha carne.
Neste ato
Longe estão os laços de afeto
E ficam os desejos
Os pecados
Desafogados na margem da dor
De amar
Impunemente!
Margarida Rosas
Até a última gota
Pelos labirintos
do coração
tempo tem razão.
O meu sangue'scorre
com teus janeiros
de dias inteiros.
Dalton Luiz Gandin
do coração
tempo tem razão.
O meu sangue'scorre
com teus janeiros
de dias inteiros.
Dalton Luiz Gandin
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