quarta-feira, 5 de maio de 2010

A resina

Acordo.
Hoje o dia é meu
e eu sou o senhor absoluto
das horas.
Estranha sensação esta:
de poder dispor do tempo
no ritmo do meu arbítrio.
O barulho da água é sonolento
e também me insinua
que a rede é o princípio
e o fim do universo.
Quantos cantares me acalentam!
envolvem aquele ímpeto borbulhante
que, ao mínimo descuido,
inventa-me alguma obrigação.
Mais uns passos e...a dúvida:
sentirei tédio em minha própria companhia?
E se eu desdobrar aquele manto de surpresas
que guardo para inéditas ocasiões?
Volto ao ponto de partida:
melhor pegar papel e lápis
e deixar fluir a resina que a imaginação fabrica.

Basilina Pereira

2 comentários:

Marô disse...

Escreva mesmo Basilina. Dê asas à resina que a imaginação produz!!!

Linda poesia. Abração!

Helenice Priedols disse...

Sempre profundas as palavras e esmerada a apresentação.

Abraço.

PAZ e LUZ

Feliz novo ano!

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Nossa mensagem de Natal

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