ORIGAMI
se me dobras
figura
outra
Dalton Luiz Gandin
COISA DE PELE
O cheiro da prosa
pelos buracos do ser.
Os olhares, a rosa
na intimidade
onde mora a feira
de mentiras, verdades.
O ponto que fere
o corpo e a alma.
Coisa de pele.
Dalton Luiz Gandin
sábado, 28 de julho de 2012
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Desencanto
Este encontro
Levou o encanto
e trouxe consigo
o pranto
por experimentar
novamente
a solidão.
Maria Eugenia
Levou o encanto
e trouxe consigo
o pranto
por experimentar
novamente
a solidão.
Maria Eugenia
Nem cheio nem vazio
Agora é minha vez de fugir
Nesse nosso jogo de gato e rato
Não posso mais fingir
Que não tenho mais tato
Você me procura com os olhos
Eu tenho medo de sentir algo
Matei-te em meus sonhos
Agora meu coração está vago
Você sorri e eu não sinto
Sua ultima partida me fez frio
Não minto nem omito
Não estou cheio nem vazio
Suas mãos tocam as minhas
Eu não sinto nem uma centelha
Agora você é quem está sozinha
Franzindo as sobrancelhas.
Rafael K.S.
Nesse nosso jogo de gato e rato
Não posso mais fingir
Que não tenho mais tato
Você me procura com os olhos
Eu tenho medo de sentir algo
Matei-te em meus sonhos
Agora meu coração está vago
Você sorri e eu não sinto
Sua ultima partida me fez frio
Não minto nem omito
Não estou cheio nem vazio
Suas mãos tocam as minhas
Eu não sinto nem uma centelha
Agora você é quem está sozinha
Franzindo as sobrancelhas.
Rafael K.S.
Nós e o abraço
Tímida e nua
Aguardo o abraço
Trêmula,
E me lanço no espaço
A procura do calor
Que penso encontrar em teu corpo.
Nesse abraço de mãos úmidas
Respiro teus sons
E canto a canção
Do amor eterno,
Enquanto sinto tua boca
Sussurrando em meu seio.
Laço de afetos
E tua mão passeia
Em minha nuca
E se segura nos meus pelos,
E me incendeia.
São sons,
Cheiros que se misturam
Que se enroscam e se procuram
Nos dias de sol,
Nas noites enluaradas e frias,
Nas madrugadas vazias...
Louco desejo
De boca molhada
De mãos, e pernas, e corpos
De suor e calor
De laços e de nós!
Abraços...
Aguardo o abraço
Trêmula,
E me lanço no espaço
A procura do calor
Que penso encontrar em teu corpo.
Nesse abraço de mãos úmidas
Respiro teus sons
E canto a canção
Do amor eterno,
Enquanto sinto tua boca
Sussurrando em meu seio.
Laço de afetos
E tua mão passeia
Em minha nuca
E se segura nos meus pelos,
E me incendeia.
São sons,
Cheiros que se misturam
Que se enroscam e se procuram
Nos dias de sol,
Nas noites enluaradas e frias,
Nas madrugadas vazias...
Louco desejo
De boca molhada
De mãos, e pernas, e corpos
De suor e calor
De laços e de nós!
Abraços...
Margarida Rosas
[DI]VERSOS
Desses dias sem
Poesia
Talvez,
Rimem
No universo
Íngreme
Dos encantos
Escorregadios
Que
Afundamos
Em pântanos
E prantos
Da tua ventania,
Os versos
Verbos
Despejados
No dia
Da partida
Sem sentido
Ecoando
Entre espaços vazios às
Linhas
Que se curvam
Em tentativas
E chorei tanto
Morreram
Sem nunca terem
Existido
Maris Figueiredo
Poesia
Talvez,
Rimem
No universo
Íngreme
Dos encantos
Escorregadios
Que
Afundamos
Em pântanos
E prantos
Da tua ventania,
Os versos
Verbos
Despejados
No dia
Da partida
Sem sentido
Ecoando
Entre espaços vazios às
Linhas
Que se curvam
Em tentativas
E chorei tanto
Morreram
Sem nunca terem
Existido
Maris Figueiredo
sábado, 9 de julho de 2011
Explosão
Cristais de
Quartzo
Em quarto de luz e
Cacos...
Integridade perdida em teus
Pedaços...
Quartzo
Em quarto de luz e
Cacos...
Integridade perdida em teus
Pedaços...
Gritos
Incendiando as pastagens de
Teus olhos verdes
Benditos!
Nas
Folhagens
E flores, cheiro
Teus rastros:
Andanças
Entre tuas pernas e braços,
Guarida !
Ergue o teu horizonte!
Que nasço sol na
Deserta estrada
Feito astro
Pra nossa
Explosão infinita!
Maris Figueiredo
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Declarações sobre você
Antigamente eu não chorava tanto
Nem sonhava como hoje em dia,
Você me mostrou o encanto
De tudo aquilo que eu perdia
Querendo ou não admitir
Estou sem saída, eu amo você,
Hoje eu gostaria de mentir
Que não me importo de te perder
Mas até minha poesia
Sente falta quando você não está
O que será que eu faria
Em meu próprio lugar?
Antigamente era bom demais
Até você aparecer e roubar meu coração
Eu não sei o que você faz,
Mas para de me despertar paixão!
Você me ignora educadamente
E eu tento aliviar minha dor,
Mas esse coração descrente
Insiste em me cobrir de amor.
[Rafael K.S.]
Nem sonhava como hoje em dia,
Você me mostrou o encanto
De tudo aquilo que eu perdia
Querendo ou não admitir
Estou sem saída, eu amo você,
Hoje eu gostaria de mentir
Que não me importo de te perder
Mas até minha poesia
Sente falta quando você não está
O que será que eu faria
Em meu próprio lugar?
Antigamente era bom demais
Até você aparecer e roubar meu coração
Eu não sei o que você faz,
Mas para de me despertar paixão!
Você me ignora educadamente
E eu tento aliviar minha dor,
Mas esse coração descrente
Insiste em me cobrir de amor.
[Rafael K.S.]
Beijo Final
A morte ninguém quer...
mas a morte tão bela
à beira de uma estrada
bem perto da capela,
quando fecha o meu riso
com seu beijo do nada,
me abre o paraíso.
Dalton Luiz Gandin
mas a morte tão bela
à beira de uma estrada
bem perto da capela,
quando fecha o meu riso
com seu beijo do nada,
me abre o paraíso.
Dalton Luiz Gandin
segunda-feira, 25 de abril de 2011
A Casa
nos dias da eterna alegria
das janelas coloridas e das luzes acesas
risos infantis ecoavam pelos cômodos
os beijos roubados na sacada
e os suspiros de amor recendendo a jasmim
eram fragmentos de vida
escondidos pelos cantos
ou passeando pelo jardim
o perfume dos doces e da sidra
espalhava-se pelo quintal
assanhando passarinhos e crianças
comemoravam-se chegadas
choravam-se partidas
partilhavam-se sonhos
cultuavam-se segredos
as portas eram sempre abertas
e o amor morava ali
a casa como um cofre
guarda em si enorme tesouro
tudo o que mais amavas
(e nem sabias que era tanto)
ali repousa sob a poeira do tempo
se não mais habitas a casa
que então o cinza não faça em ti morada
e porque acreditaste que a alegria era eterna
e porque a memória nos beija a face
não assopres o pó nem abras as janelas
deixa as folhas cobrirem o jardim
deixa intactos os sonhos e as promessas
deixa a vida nas fotografias
e nos bilhetes de amor amarelados
lava nas lágrimas tua saudade
e colhe na flor do passado
o perfume e o mel dos teus caminhos de futuro
Helenice Priedols
das janelas coloridas e das luzes acesas
risos infantis ecoavam pelos cômodos
os beijos roubados na sacada
e os suspiros de amor recendendo a jasmim
eram fragmentos de vida
escondidos pelos cantos
ou passeando pelo jardim
o perfume dos doces e da sidra
espalhava-se pelo quintal
assanhando passarinhos e crianças
comemoravam-se chegadas
choravam-se partidas
partilhavam-se sonhos
cultuavam-se segredos
as portas eram sempre abertas
e o amor morava ali
a casa como um cofre
guarda em si enorme tesouro
tudo o que mais amavas
(e nem sabias que era tanto)
ali repousa sob a poeira do tempo
se não mais habitas a casa
que então o cinza não faça em ti morada
e porque acreditaste que a alegria era eterna
e porque a memória nos beija a face
não assopres o pó nem abras as janelas
deixa as folhas cobrirem o jardim
deixa intactos os sonhos e as promessas
deixa a vida nas fotografias
e nos bilhetes de amor amarelados
lava nas lágrimas tua saudade
e colhe na flor do passado
o perfume e o mel dos teus caminhos de futuro
Helenice Priedols
1º Ato
Desato o nó
E o laço.
E largo-me em teus braços
Sôfrega
Frágil
Trêmula.
No ato,
Meu fogo arde em teu peito
Feito de pelos e poeira.
Limpo
Úmido
E quente.
No ato,
Grito
Ardente
E sinto a tua mão
Na curva suave,
Exposta,
De minha carne.
Neste ato
Longe estão os laços de afeto
E ficam os desejos
Os pecados
Desafogados na margem da dor
De amar
Impunemente!
Margarida Rosas
E o laço.
E largo-me em teus braços
Sôfrega
Frágil
Trêmula.
No ato,
Meu fogo arde em teu peito
Feito de pelos e poeira.
Limpo
Úmido
E quente.
No ato,
Grito
Ardente
E sinto a tua mão
Na curva suave,
Exposta,
De minha carne.
Neste ato
Longe estão os laços de afeto
E ficam os desejos
Os pecados
Desafogados na margem da dor
De amar
Impunemente!
Margarida Rosas
Até a última gota
Pelos labirintos
do coração
tempo tem razão.
O meu sangue'scorre
com teus janeiros
de dias inteiros.
Dalton Luiz Gandin
do coração
tempo tem razão.
O meu sangue'scorre
com teus janeiros
de dias inteiros.
Dalton Luiz Gandin
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Gavetas
O dia me acorda em preto e branco.
Abro a janela e...lá está: o sol,
com todo aquele dourado atrevido,
convidando-me à vida.
Por onde começar? Tantas gavetas...
algumas cheirando a bolor, sinal dos tempos.
Mas, então, já não é hora do descarte,
enterrar de vez aqueles sons
que surgem no meio da noite?
Mas como, se não há outra música para ouvir?
........................
Será? Às vezes, insistimos tanto em quebrar as pedras
e nos esquecemos de adubar as flores.
Basilina Pereira
Abro a janela e...lá está: o sol,
com todo aquele dourado atrevido,
convidando-me à vida.
Por onde começar? Tantas gavetas...
algumas cheirando a bolor, sinal dos tempos.
Mas, então, já não é hora do descarte,
enterrar de vez aqueles sons
que surgem no meio da noite?
Mas como, se não há outra música para ouvir?
........................
Será? Às vezes, insistimos tanto em quebrar as pedras
e nos esquecemos de adubar as flores.
Basilina Pereira
Estopim aceso
Bateram martelo os homens aflitos
com os seus pensamentos loucos no ar;
mulheres e crianças fogem aos gritos.
Sonhos não têm não, não querem escapar.
Editaram, eles, as soluções
a calar as bocas secas com a fome;
sob um deus belicoso entre as nações
contabilizando tudo em seu nome.
O amor pelos quatro ventos, cadê?
Meu ser temperou com medo do fim.
A vida na morte me fez tremer.
Falta d'água é pior que o dia 'D'.
Fez parir o seu fogo no estopim.
Aquele céu azul, não posso ver.
Dalton Luiz Gandin
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Remissão
Todas as palavras evaporam-se
diante das minhas incertezas.
Tento lustrar os sentimentos
consumidos por essa fragilidade,
mas o brilho duradouro não vem.
Gostaria de salvar-me desse terremoto:
que me corrói,
caminhar sobre a superfície das manhãs
e renascer redimida
como a grama depois da chuva.
Basilina Pereira
diante das minhas incertezas.
Tento lustrar os sentimentos
consumidos por essa fragilidade,
mas o brilho duradouro não vem.
Gostaria de salvar-me desse terremoto:
que me corrói,
caminhar sobre a superfície das manhãs
e renascer redimida
como a grama depois da chuva.
Basilina Pereira
Artificial / Quadro Nove - pequeninos do Dalton
Artificial
Flor de plástico.
Mesa faltando poesia.
Um artifício.
Dalton Luiz Gandin
Quadro Nove
Sol e céu de anil.
Os pardais ciscando a terra.
Vento no arvoredo.
Dalton Luiz Gandin
Flor de plástico.
Mesa faltando poesia.
Um artifício.
Dalton Luiz Gandin
Quadro Nove
Sol e céu de anil.
Os pardais ciscando a terra.
Vento no arvoredo.
Dalton Luiz Gandin
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