O dia me acorda em preto e branco.
Abro a janela e...lá está: o sol,
com todo aquele dourado atrevido,
convidando-me à vida.
Por onde começar? Tantas gavetas...
algumas cheirando a bolor, sinal dos tempos.
Mas, então, já não é hora do descarte,
enterrar de vez aqueles sons
que surgem no meio da noite?
Mas como, se não há outra música para ouvir?
........................
Será? Às vezes, insistimos tanto em quebrar as pedras
e nos esquecemos de adubar as flores.
Basilina Pereira
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Estopim aceso
Bateram martelo os homens aflitos
com os seus pensamentos loucos no ar;
mulheres e crianças fogem aos gritos.
Sonhos não têm não, não querem escapar.
Editaram, eles, as soluções
a calar as bocas secas com a fome;
sob um deus belicoso entre as nações
contabilizando tudo em seu nome.
O amor pelos quatro ventos, cadê?
Meu ser temperou com medo do fim.
A vida na morte me fez tremer.
Falta d'água é pior que o dia 'D'.
Fez parir o seu fogo no estopim.
Aquele céu azul, não posso ver.
Dalton Luiz Gandin
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